Associação de Direito de Família e das Sucessões

MAGISTRADO EXPLICA CAMINHOS DE CONCILIAÇÃO EM CASOS DE DIVÓRCIO

Mesmo com a separação, minimizar os conflitos é necessário para não afetar a saúde dos filhos.
Com o isolamento social e a rotina estressante de home-office, muitos casais estão optando pelo divórcio. Ao contrário da crença popular, o processo pode ser realizado de forma amigável mas nem todos conseguem minimizar os conflitos.
A boa notícia é que o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) realiza oficinas gratuitas pela internet para ajudar os cônjuges a encarar a nova etapa durante a pandemia. O juiz Clayton Rosa de Resende, do Cejusc de Belo Horizonte-MG, explicou que as oficinas funcionam como aulas para cada membro da família.
“Antes da pandemia, nós tínhamos as oficinas presenciais que foram suspensas por um tempo. Mas sentindo a necessidade de dar esse suporte, nós começamos a realizar as oficinas virtuais. Temos oficinas para homens, mulheres, crianças e adolescentes de forma separada. A abordagem feita pra cada um desses grupos é diferente e preparado diretamente para eles”, explica.
Apesar de on-line, as aulas contam com a participação de outros casais para troca e reflexão de experiências. Nas oficinas os casais também aprendem como lidar de forma mais responsável com o divórcio, de maneira que não afete a saúde mental dos envolvidos.
“Nossas oficinas ajudam nas sessões de conciliação, para as partes acharem uma saída mais rápida e menos dolorosa para solução dos processos”, conta o juiz. Segundo ele, a ideia é que os casais possam trocar experiências, ouvir as experiências dos demais e usar isso como proposta educativa. “É um momento de reflexão que mostramos os prejuízos que ocorrem se o divórcio for resolvido de maneira conflituosa”, ressalta.
Outro objetivo das oficinas é ajudar os casais a enfrentar o divórcio sem causar danos para os filhos. Os conflitos em excesso podem prejudicar as crianças e os adolescentes, então é comum que os filhos se culpem pela briga dos pais ou adquiram o medo do abandono. Mas com as oficinas virtuais, os filhos podem entender o processo de maneira mais saudável.
Clayton afirma que nas oficinas para as crianças o trabalho é de uma maneira mais lúdica. “Já com os adolescentes ajudamos a refletirem como podem encarar o momento de separação dos pais, conversamos que o processo é um problema dos pais, que os pais vão continuar sendo pais deles, mesmo separados. Tudo isso para que os adolescentes entendam que a culpa não é deles, mas é uma briga dos pais que precisa ser resolvida”, esclarece.
Para participar das oficinas basta acessar o site do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) e acompanhar o calendário dos encontros virtuais.
 
Fonte: Empresa Brasil de Comunicação – EBC (12/08/2020)

Fale conosco
Send via WhatsApp